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Por que razão a sardinha pode fazer mais sentido do que o salmão neste Verão

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Por que razão a sardinha pode fazer mais sentido do que o salmão neste Verão

Neste verão privilegie o consumo de peixe, e aposte na diversidade. Saiba por que razão a sardinha pode fazer mais sentido do que o salmão neste verão.

sardinhas

A sardinha e a cavala são espécies tipicamente consumidas em Portugal e de longa tradição na nossa alimentação. Os meses de junho, julho e agosto são característicos pelo maior consumo de sardinha, não fossem os Santos Populares fortemente marcados pela sua presença. No entanto, é nos meses de setembro e outubro que a sardinha apresenta o maior teor em gordura, que vem a acumular durante o crescimento. É portanto, nesta altura do ano que a sardinha apresenta os maiores teores em ácidos gordos ómega 3. A cavala acompanha a sardinha.

Do ponto de vista nutricional, a sardinha e a cavala são fontes alimentares de ácidos gordos do tipo ómega 3 ou seja de ácido eicosapentenóico (EPA) e de ácido docosahexanóico (DHA) “os quais contribuem para o normal funcionamento do coração, dentro de um estilo de vida saudável e uma dieta variada e equilibrada”. Mas não ficam por aqui, no caso da sardinha esta apresenta uma enorme riqueza em cálcio, equivalente ou até superior a alguns lacticínios, em particular quando consumida em conserva com espinhas.

Em relação à vitamina D, facilmente o consumo de 2 a 3 sardinhas de tamanho médio supera o valor diário recomendado.

O consumo de cavala e sardinha em Portugal é recomendado não só por todos os seus benefícios nutricionais, mas também por ser considerada uma pescaria sustentável e importante para as comunidades piscatórias de Portugal.

Salmão

O salmão tornou-se uma espécie com um consumo crescente em Portugal, especialmente entre as crianças e com grande expressão em pratos como sushi. O seu perfil nutricional com a presença de ácidos gordos do tipo ómega 3 é característico e imagem de marca do salmão. Mas não se fica por aqui, o salmão é também uma fonte importante de vitamina A, D, cálcio e fósforo.

Devido ao crescente consumo, e considerando que a época de captura do salmão se limita a cinco meses, a produção em aquacultura tornou-se numa alternativa sustentável. No entanto, existem muitas variações nas práticas de aquacultura e nas próprias rações utilizadas, o que se reflete nas variações de teores em ácidos gordos ómega 3.

Relativamente ao salmão fumado convém fazer um alerta para o seu teor de sal que é realmente elevado, pelo que o seu consumo deve ser feito com moderação, especialmente nas tão apreciadas saladas de verão.

Para terminar, uma referência ao título do nosso texto. Apesar da sardinha ser a rainha na quantidade de vários nutrientes essenciais à nossa saúde (ver quadro), todos os peixes fazem, obviamente sentido, e a diversidade é importante para uma alimentação saudável.

Sardinha

Cavala

Salmão

Dourada

Ómega 3

(g/100g)

4,97

4,13 4,33 2,25

Cálcio

(mg/100g)

135 39 12

11

Vitamina D (µg/100g)

14 2,4 11

10

Fósforo

(mg/100g)

314 282 209

274

 Fonte: IPMA, 2004. Os valores são apresentados em cru.

Este verão privilegie o consumo de peixe, e aposte na diversidade.

Não se esqueça da cavala e da sardinha.

 

Imagem retirada de rainbowj
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Acompanhe a discussão sobre: Por que razão a sardinha pode fazer mais sentido do que o salmão neste Verão

Um comentário a “Por que razão a sardinha pode fazer mais sentido do que o salmão neste Verão”

  1. antonio fernando da silva diz:

    Por mim comia peixe todas as refeições em especial sardinhas e não enjoava .

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