Na edição de Dezembro da publicação “Riscos e Alimentos” da ASAE, é apresentado um estudo em parceria com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, intitulado:
“Avaliação do risco da exposição a substâncias estimulantes (cafeína, taurina e glucoronolactona) em adolescentes do distrito de Lisboa”.
Neste estudo foram avaliadas 23 escolas com adolescentes dos 10 aos 18 anos da região de Lisboa. O objetivo foi estimar a exposição às substâncias ativas (cafeína, taurina e glucoronolactona), nos diferentes grupos, do consumo de bebidas “energéticas” e a contribuição do consumo de bebidas “energéticas” para a exposição total diária à cafeína.
As designadas bebidas “energéticas” são refrigerantes com elevado teor de cafeína a que são adicionados outras substâncias, como a taurina, glucoronolactona, guaraná, giseng, vitaminas, entre outros. Em média, o teor de cafeína por lata (250 ml) equivale aproximadamente ao teor de cafeína presente em dois cafés expresso ou em duas latas de refrigerante de extrato vegetal (colas).”
O consumo de bebidas “energéticas” em combinação com álcool têm sido um fator para a ocorrência de vários episódios fatais, o que tem chamado a atenção das Entidades regulamentadoras e da comunidade científica, por todo o mundo.
A sua associação com álcool e o consumo durante o exercício físico deve ser evitado.
Segundo este trabalho, deverá ser evitado o consumo destas bebidas por grupos sensíveis da população (indivíduos com doenças cardiovasculares, gastrointestinais, hipertensão, insónias, transtorno de ansiedade e perturbações psiquiátricas) e grupos de risco como crianças e adolescentes, mulheres grávidas e lactantes, mais propensos aos efeitos adversos ou tóxicos da cafeína.