O sector da restauração contribui bastante para a emissões de gases com efeito de estufa na Europa. Os tradicionais processos de produção alimentar, processamento, entrega e preparação estão ligados à utilização excessiva de combustíveis fósseis, bem como a poluição do solo e da água, à proliferação de plástico e outros resíduos não-orgânicos e à poluição local do ar causada pelo transporte de alimentos dentro das cidades. Portanto, não é apenas a produção alimentar, mas os sistemas de restauração através dos quais a comida é embalada, preparada e entregue que precisam de ser analisados para reduzir a pegada de carbono.
O presente relatório, que pode ser lido aqui, analisa as práticas de restauração sustentáveis nas escolas de toda a Europa. Destaca a importância dos autarcas, a participação da comunidade, dos encarregados de educação, diretores de escolas e professores para se conseguir fornecer refeições saudáveis e amigas do ambiente. Dá exemplos de abordagens criativas e baratas para fornecer alimentos nas escolas em vez de uma dependência de equipamentos caros e investimento financeiro significativo.
Desde a terça-feira sem carne na Bélgica até à cidade de Barcelona que introduziu a compra de alimentos de produção biológica nos jardins de infância, são muitas as sugestões de leitura e ideias inovadoras para proteger a saúde e o ambiente. Ou ainda o exemplo da cidade de Roma onde, uma percentagem dos alimentos servidos nas escolas, devem ser frescos.
São centenas de exemplos que demonstram ser possível comprar localmente produtos frescos, da época e mesmo assim conseguirem-se preços adequados e justos, protegendo a saúde, o ambiente e as economias locais. Vamos também começar por cá?