Estou a ler:

Relatório do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2020

Notícias

Relatório do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2020

Os hábitos alimentares inadequados continuam no top 5 dos fatores que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável pelos portugueses. Dentro dos hábitos inadequados que mais contribuem para a perda de anos de vida com saúde, o elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal são os principais erros a apontar à alimentação dos portugueses. Estes dados integram o estudo Global Burden Disease de 2019 e são apresentados pela primeira vez no relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), que é hoje publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

relat.001

Os hábitos alimentares inadequados continuam no top 5 dos fatores que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável pelos portugueses. Dentro dos hábitos inadequados que mais contribuem para a perda de anos de vida com saúde, o elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal são os principais erros a apontar à alimentação dos portugueses. Estes dados integram o estudo Global Burden Disease de 2019 e são apresentados pela primeira vez no relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), que é hoje publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Para além de um diagnóstico da situação epidemiológica, este relatório apresenta dados relativos à avaliação dos resultados alcançados por diferentes medidas que foram implementadas pelo PNPAS ao longo dos últimos anos. Durante 2020, o PNPAS fez um forte investimento na recolha de informação, com o objetivo de avaliar os resultados das diferentes medidas em curso, nomeadamente da lei que aplica restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos, da campanha para a promoção da alimentação saudável “Comer melhor, uma receita para a vida” que decorreu em novembro de 2019 e da implementação do rastreio nutricional nos cuidados de saúde hospitalares.

Os canais infantis não apresentam atualmente publicidade a alimentos, porém, cerca de 10,4% dos anúncios publicitários nos canais de TV generalistas são relativos a alimentos.  Nestes, a maioria (65,6%) dos alimentos que são publicitados não cumprem o perfil nutricional definido pela DGS e 18,6% dos anúncios a alimentos ainda apresentam conteúdo dirigido a crianças.

Comparando estes resultados com os de outros países, verifica-se que em Portugal há uma menor percentagem de publicidade a alimentos na TV, tendo-se verificado uma diminuição comparativamente com o ano de 2008, em que 27,1% dos anúncios eram relativos a alimentos.

Relativamente à avaliação do impacto da campanha “Comer melhor, uma receita para a vida”, cerca de 40,6% dos inquiridos reportaram ter visto pelo menos um dos elementos audiovisuais da campanha e, destes, 12,9% recordam-se da sua mensagem principal. Estima-se assim que o valor final de share da população que teve contacto com a campanha e que compreendeu a mensagem seja de 5,2%, o que representa aproximadamente meio milhão de portugueses.

O vídeo foi o elemento audiovisual da campanha que teve maior alcance, tendo chegado a 26% dos inquiridos e a televisão foi o meio de comunicação que permitiu obter um maior alcance da campanha. Cerca de 20-30% dos inquiridos reportou ainda que esta campanha foi capaz de alterar as suas crenças e perceção em relação à facilidade em aumentar o consumo de hortofrutícolas, leguminosas e água. Os resultados obtidos ao nível da alteração do comportamento foram também semelhantes, com cerca de 20-26% dos inquiridos a relatar a alteração de atitudes/comportamentos relativos ao consumo destes alimentos.

Quanto à melhoria da prestação de cuidados nutricionais, em particular ao nível dos cuidados de saúde hospitalares, a maioria das unidades hospitalares do SNS (68,3%) têm atualmente o rastreio do risco nutricional implementado. Após a entrada em vigor do Despacho n.º 6634/2018, que determinou a identificação do risco nutricional a todos os doentes hospitalizados, tem-se verificado um aumento do número de doentes hospitalizados que são submetidos ao rastreio nutricional. Estes e outros dados podem ser encontrados no relatório anual do PNPAS que é publicado hoje no site da DGS.

Pode consultar o relatório aqui.

 

Tópicos
Notícias

Acompanhe a discussão sobre: Relatório do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável 2020

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Artigos Relacionados

  • 20 Maio, 2023

    Portugal é o 8º país mais preparado para combater a obesidade

    Portugal é o 8.º país mais preparado para combater a obesidade, de acordo com o ranking World Obesity Atlas 2023, da World Obesity Federation, que analisa 183 países. O resultado deve-se ao conjunto de medidas de promoção da saúde que tem sido desenvolvido e que a Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável, destaca hoje, Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade.

    Ler mais
  • 19 Maio, 2023

    Novos dados da OMS Europa demonstram como a pandemia COVID-19 afetou os hábitos alimentares e de atividade física das crianças na Europa

    Foram hoje publicados e apresentados no Congresso Europeu de Obesidade (ECO 2023) novos resultados do estudo Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI) da OMS Europa, que descrevem os hábitos alimentares e de atividade física, o tempo de ecrã e outros aspetos relacionados com a saúde de crianças com idades entre os 6 e os 9 anos durante a pandemia COVID-19.

    Ler mais
  • recomendação de consumo de pescado nutrimento pnpas

    Recomendações para o consumo de pescado

    Foram publicadas esta semana as recomendações para o consumo de pescado para a população portuguesa. O consumo de pescado tem benefícios para a saúde, mas algumas espécies têm um teor de mercúrio elevado que pode representar riscos associados ao desenvolvimento cognitivo, sendo por isso de evitar o seu consumo em grupos vulneráveis como as grávidas, mulheres a amamentar e crianças pequenas. De acordo com estas recomendações, para estes grupos vulneráveis, o consumo de pescado entre 3 a 4 vezes por semana é o adequado, sendo que para a população em geral o consumo de pescado deverá ser mais frequente, até 7 vezes por semana.

    Ler mais